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Será que uma refeição barulhenta tem interferência nas escolhas alimentares?

Atualizado: 12 de fev. de 2019


Crédito da Foto: iStcok

Um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostrou que ruídos e sons altos durantes as refeições interferem nas escolhas dos alimentos, tanto quanto qualquer outro tipo de distração, como TV, celular, jogos e tablet.

O experimento foi o seguinte: os autores filmaram o comportamento de 60 famílias durante o jantar. Os participantes foram divididos em dois grupos aleatoriamente: o grupo experimental teve de escutar o ruído de um aspirador de pó durante 15 minutos enquanto estavam comendo, já o grupo controle não escutou ruído algum. E o que aconteceu? Os pais do grupo experimental consumiram mais biscoitos, bebidas diet e cenouras, resultando em abuso em tudo o que foi consumido e em um efeito negativo na comunicação, isso, provavelmente, por estarem distraídos. Já as crianças, tendiam a se envolver em mais atividades e distrações, pois recebiam menos atenção dos pais. “É uma situação ruim, uma vez que essa interação está associada a hábitos alimentares mais saudáveis”, analisam os autores. E se os pais estão distraídos acabam não monitorando a alimentação dos filhos. “ Eles não demonstram interesse positivo, não sendo capazes de prestar atenção às emoções das crianças ou de demonstrar boas respostas aos sinais de fome e saciedade dos pequenos”, explicaram os autores. Para resolver de vez essa questão, a sugestão é que todas as refeições – café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e o jantar -sejam sempre tranquilas para que todos possam conversar sem distrações. Nada de entretenimentos ou atividades com fonte de som – TV e outras telas -  que irrite ou tire a concentração à mesa. Pesquisas mostram, aliás, que o risco de obesidade é proporcional ao tempo dedicado à TV e outras telas – reduzir o hábito é, portanto, uma estratégia para combater a doença no futuro. “Refeições em local sem agitação e barulho – e com os familiares - é um hábito capaz de reduzir os índices de transtornos alimentares e o uso de substâncias na adolescência. Já na infância, contribui para um melhor comportamento na escola, visto que, em um ambiente calmo, sem barulho, todos aprendem a se ouvir e compartilhar”, ressaltam os autores.


 Referencia: Fiese, Barbara H.; Jones, Blake L.; Jarick, Jessica M. Family mealtime dynamics and food consumption: An experimental approach to understanding distractions. Research and Practice, Vol 4(4), Dec 2015, 199-211.



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