Um trabalho publicado este ano no renomado periódico científico The American Journal of Clinical Nutrition mostrou que baixos níveis de vitamina D e a obesidade prévia da mãe, junto com o ganho excessivo de peso durante a gravidez aumentam o risco de o pequeno sofrer com obesidade durante a vida. De acordo com os autores, isso acontece porque esse é um período crítico no desenvolvimento do apetite e do equilíbrio energético do organismo do feto. Outra pesquisa, essa realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, indicou um elo entre o excesso de peso da mulher e o comprometimento da imunidade do bebê gerado por ela. Existem ainda investigações que relacionam a elevação excessiva do ponteiro da balança durante esse período com maior probabilidade de parto prematuro e o aumento do risco de problemas de coração do filho até a fase adulta.
Mas para diminuir as chances de o pequeno apresentar algum problema não basta reduzir a quantidade de calorias ingeridas. O que se coloca no prato também conta. Uma equipe da Universidade de Oxford, no Reino Unido, encontrou uma associação entre o consumo pré-natal de peixe e o melhor desenvolvimento neurocognitivo do feto e menos possibilidade de baixo crescimento intrauterino, além de menor frequência de sintomas de ansiedade e depressão na mãe. Os ácidos graxos poli-insaturados e o iodo parecem explicar o benefício. Alimentos com ácido fólico, presente nos cereais, nos vegetais verde-escuros e nas leguminosas; vitamina C, encontrada na laranja, limão e morango; magnésio, da semente de abóbora, a castanha-do-Pará e a amêndoa; vitamina B6, que tem as carnes, o leite e o ovo como fontes; o ferro, que está na carne vermelha e no feijão, e cálcio, presente no leite, no tofu e na sardinha, também devem fazer parte cardápio de quem vai dar à luz em breve. E é muito importante que essa turma tenha uma alimentação saudável, bem variada e equilibrada, antes, durante a após o parto.
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